Brasil de 82

A Seleção Brasileira de 1982, comandada por Telê Santana e formada por alguns dos maiores craques brasileiros de todos os tempos, como Zico, Sócrates e Falcão, encantou o mundo na Copa da Espanha e se transformou em referência de técnica e talento para o futebol atual. Durante a copa da Espanha o Brasil apresentava um futebol de muita movimentação, ofensivo e extremamente técnico, um meio campo formado por atletas que exibiam pura elegância no seu jeito de atuar. Mas a seleção que encantou o mundo perdeu para uma seleção que mostrou o melhor do seu futebol, conhecida como ‘a tragédia do sarriá’ essa partida marcou a Itália que seria campeã dessa copa do mundo apresentando uma defesa sólida, mas que até o jogo contra o Brasil tinha feito uma campanha patética, empatando todos os jogos da fase de grupos e conquistado uma vitória contra a argentina. O que aconteceu naquela partida para o futebol majestoso dos brasileiros terem caído diante do catenaccio italiano é discutido até os dias de hoje.

 
Uma seleção que jogava pra frente, a canção ‘voa canarinho’ parecia embalar aquele time que jogava no ritmo do samba mostrando o melhor da técnica e gingado brasileiro, a seleção canarinho demostrava um futebol que encantava e ganhava assim como o time de Pelé, Gerson, Rivelino, Jairzinho nos anos 70, em 82 o Brasil contava com uma geração amadurecida que na fase de grupo foi unanimidade entre os jornalista.

Brasil 2 x 1 União Sovietica
Brasil 4 x Escocia
Brasil 4 x 0 Nova Zelanddia
Brasil 3 x 1 Argentina
Brasil 2 x 3 Italia

Logo de cara o Brasil enfrentava a União Sovietica e abriu o marcador com um golaço de Socrates que limpou dois marcadores e acertou um balaço de fora da área no ângulo e para fechar o placar outro golaço dessa vez de Eder, com um chute de canhota poderoso após um corta luz de zico, o ponta esquerda levantou a bola e acertou de fora da área um chute cheio de efeito.No segundo jogo mais um vitória com lindos gols com destaque para o golaço de zico em sua especialidade, a cobrança de falta e mais um gol de Eder dessa vez de cobertura na quina da grande área. No terceiro jogo, o mais fácil da chave, Zico abriu o placar contra a Nova Zelândia com um voleio lindo se consagrou marcando outro gol nesta partida.
Na segunda fase o Brasil enfrentaria a Argentina e não decepcionou, ao contrario, mas um show, dessa vez para os principais rivais que não sabiam parar os canarinhos que apanharam bastante durante a partida, o placar foi aberto por Zico no rebote de uma poderosa falta batida por Eder de trivela, em seguida Serginho ampliou de cabeça aós belo cruzamento de Falcão, e para finalizar a ultima vitória daquele time uma jogada de jogadores rubro-negros, em um passe de Zico que viu Junior passando em velocidade, parecia que eles estavam sintonizados pois o passe foi em uma espaço vazio onde só junior em velocidade chegaria aquela bola que parou no gol.
E a tragédia contra os italianos começara com Socrates marcando o primeiro gol com mas um passe genial de Zico ( um injustiçado pelos deuses do futebol pois nunca ganhou uma copa), a Italia chegaria ao empate e a virada com um passe errado de Cerezo no meio campo Paolo Rossi que pouco apareceu no jogo, mas fez os gols nas poucas oportunidades que teve, o Brasil corria bastante e atacava excessivamente até Falcão limpar seus marcadores e chutar de fora da área com força e raiva para o fundo do gol e comemorar de forma emblemática, o empate classificaria o Brasil mas Paolo Rossi, o jogador que nenhum italiano botava fé, nem ele próprio acreditava que conseguiria fazer o que fez, mas o técnico acreditou e deu certo, a Italia se segurou até o fim e os brasileiros perderam a copa mas saíram sabendo que tinham encantado o mundo com aquele futebol alegre.
No papel pode-se ver dos meias mais recuados oculpando o espaço de um volante mas as constantes subidas ao ataque de Falcão e Cerezo, juntamente com Junior e Leandro deixava o time extremamente ofensivo e com uma movimentação livres dos meias Socrates e Zico que alternavam bastante durante a partida, apenas o atacante Serginho era fixo na frente.

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