A
seleção portuguesa de futebol disputou sua primeira Copa do Mundo
no ano de 1966, sendo uma das maiores seleções de todos os tempos,
encantando com um futebol brilhante, talentoso e puramente ofensivo e
por pouco não levantaram a taça Jules Rimet naquele ano. Conhecidos
como “Encarnados”, os portugueses tinham um elenco incrível, com
um poder de fogo alucinante e um ataque muito veloz.
A
equipe portuguesa tinha muita esperança de classificação para a
copa do mundo, devido ao talento da safra de craques naquele ano e da
organização da federação portuguesa. Comandados pelo brasileiro
Otto Glória, a equipe começou a tomar forma e tinha como grande
estrela Eusébio, considerado o maior jogador português de todos os
tempos. Eusébio, conhecido como “Pantera Negra” tinha origem
moçambicana e infernizou os adversários naquela copa, era um
brilhante jogador, chutava muito bem, tinha um senso de colocação
incrível, cabeceava de forma magistral, reagia muito rápido e tinha
uma velocidade alucinante, sendo comparado até como o “novo Pelé”.
Outro craque moçambicano era Mário Coluna, conhecido como o "Monstro Sagrado"
era o cérebro do meio de campo português, sendo o principal
organizador de jogadas, lançava a bola de forma precisa e até
conseguia marcar gols. Está dupla era sensacional e muito bem
acompanhada por seus companheiros de Benfica no ataque com José Augusto, Torres e Simões, além dos defensores viris e seguros vindos em grande parte do Sporting, como Hilário, Morais e Baptista, além do goleiro José Pereira e Vicente, ambos do time dos Belenenses.
Da esquerda para direita: Carvalho, Morais, Baptista, Vicente, Hilário, Garça.
Agachados: Coluna, J. Augusto, Eusebio, Torres e Simões
Eusébio, o Pantera NegraAgachados: Coluna, J. Augusto, Eusebio, Torres e Simões
Campanha Portuguesa nas Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo de 1966
Portugal 5x1 Turquia
Turquia 0x1 Portugal
Tchecolosváquia 0x1 Portugal
Portugal 2x1 Romênia
Portugal 0x0 Tchecolosváquia
Romênia 2x0 Portugal
Portugal 5x1 Turquia
Turquia 0x1 Portugal
Tchecolosváquia 0x1 Portugal
Portugal 2x1 Romênia
Portugal 0x0 Tchecolosváquia
Romênia 2x0 Portugal
Trajetória na Copa do Mundo e 1966
Portugal pertencia ao grupo 3, junto com a Hungria, o
Brasil e a Bulgária. O primeiro jogo foi contra a Hungria, pobre
adversária dos lusitanos, que nada puderam fazer para conter o ímpeto
ofensivo daquele forte time. José Augusto abriu o placar com apenas dois
minutos de jogo. No segundo tempo, Bene empatou para a Hungria, mas foi
mais por sorte que por talento. José Augusto, aos 20´, e Torres, em uma
de suas cabeçadas características aos 44´, definiram o placar em 3 a 1.
Na partida seguinte, Portugal mostrou outra vez seu poder de fogo e fez
3 a 0 na Bulgária, com um gol de Vutsov (contra) aos 17´ e Eusébio aos
38´ do primeiro tempo e Torres, de novo de cabeça, aos 37´ do segundo
tempo. Com seis gols a favor, um contra e quatro pontos ganhos, pois
naquela época, a vitória valia dois pontos, Portugal estava praticamente
classificado. No terceiro jogo Portugal encarou o Brasil, jogo em que
Pelé foi caçado e acabou lesionado, devido ao grande número de faltas
sofridas, Simões, aos 15´, aproveitou uma bobeada do goleiro Manga e
abriu o placar para os portugueses. Eusébio, aos 26´, ampliou. Rildo,
aos 28´ do segundo tempo, diminuiu para o Brasil, mas Eusébio deixou
mais um aos 40´ e decretou a vitória portuguesa por 3 a 1, assim
desclassificando o Brasil. Nas quartas de finais, Portugal enfrentou a
Coréia do Norte, a sensação do torneio. A Coréia do Norte abriu 3 a 0,
com os gols de Pak-Seung Zin 1', Li Dong Woon 22', Yang Sung Kook 25'.
Foi aí que começou a maior reação de todas as Copas do Mundo, com
Eusébio, o Pantera Negra, a seleção portuguesa reagiu com dois gols de
pênalti dele, sendo o primeiro aos 27’ e o segundo aos 42’ do primeiro
tempo. No segundo tempo, Eusébio fez o gol de empate aos 12’, depois de
uma bela arrancada e um toque por cima do goleiro, aos 14’ mais um
pênalti e outro gol do craque, sendo o 4° gol dele no jogo e aos 40’
José Augusto deu placar final e decretou a incrível virada dos
portugueses, 5 a 3 na sensação do torneio. Passando a semifinal,
Portugal enfrentou a anfitriã Inglaterra, foi um jogo em que Portugal
teria grande chance de vitória, porém não pôde contar com Morais e
Vicente (Defensores). Bobby Charlton marcou aos 30’ e aos 80’ e Eusébio
descontou de pênalti no minuto 82. Portugal não jogou absolutamente nada
e teve um rendimento muito abaixo do esperado naquele dia, restando
apenas a disputa de 3° lugar. A disputa pelo 3° lugar foi contra a URSS
(UNIÃO DAS REPÚBLICAS SOCIALISTAS SOVIÉTICAS), na qual a seleção
encarnada venceu por 2 a 1, com um gol de Eusébio de pênalti aos 12’, a
URSS empata com Malafeyew aos 43’ e Torres decreta vitória portuguesa e
conquista do 3° lugar aos 89’. Eusébio foi o artilheiro da copa de 1966
com 9 gols e sendo o destaque desta bela seleção encarnada.
Disposições Táticas da Seleção Portuguesa

Disposições Táticas da Seleção Portuguesa

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